A noite de quarta-feira, 19, foi marcada no Colégio Medianeira por uma roda de conversa com agentes da Segurança Pública e profissionais da Saúde do município de Candelária. O objetivo foi discutir, esclarecer e orientar pais e professores sobre as notícias que circulam nas redes sociais acerca de possíveis novos ataques às escolas do país. Estiveram presentes o Delegado de Polícia Civil, Diego Traesel, a Capitã da Brigada Militar Quelen Brondani de Aquino, o Policial Militar Sargento Gass, a Psicóloga Cristiane Pradella e o Psicólogo Júlio Steffanello.
Na abertura do encontro, o Diretor do Educandário, Alan Wagner, elencou algumas medidas de segurança que estão sendo adotadas na Escola, tais como o reforço no cercamento do pátio, a instalação de novas câmeras de segurança e um sistema mais rígido de acesso à escola, entre outros.
Intermediando o bate-papo, a Jornalista e Assessora de Comunicação do Colégio, Mariéle Gross, iniciou a conversa questionando a Capitã da Brigada Militar sobre a possibilidade real de um atentado ao Colégio. Em resposta, a Comandante reforçou a importância de medidas preventivas em toda a sociedade, destacou a disponibilidade da Brigada Militar para atender a qualquer situação de risco e explicou que até o momento não há dados oficiais sobre a possibilidade de um ataque ao município. “Estamos circulando diariamente com a Operação Fecha Quartel, acompanhando de perto essa situação. Estamos disponíveis pelo telefone 190, que deve ser acionado quando algum risco for identificado. Essa colaboração da comunidade é muito importante. Denunciar, anotar a placa de um veículo suspeito, tudo isso faz parte de um contexto que pode colaborar para uma possível investigação”.
Compartilhando da mesma abordagem, o Delegado de Polícia, Diego Traesel, mencionou que as forças de segurança estão monitorando as entradas e saídas das escolas do município, mas que estas são medidas preventivas. "Não temos uma única denúncia no município que indique um acontecimento mais grave. A intenção desses criminosos que se valem da internet para agir é justamente deixar a comunidade amedrontada. Mas nós da Polícia estamos atentos e monitorando qualquer possível comportamento que possa representar uma ameaça", pontuou.
Seguindo a mesma linha de raciocínio da Capitã da BM, Traesel tranquilizou as famílias, lembrando também a importância da atenção dos pais em relação ao que os filhos assistem na internet. "Os crimes virtuais acontecem o tempo todo e podem ter desfechos graves. Por isso, monitorar o que os filhos assistem e com quem se relacionam é fundamental", pontuou.
Para os psicólogos Júlio Steffanello e Cristiane Pradella, impor limites quanto ao uso das telas pode auxiliar nesse acompanhamento. "A conversa com os filhos é o melhor caminho. Porém, ela deve começar quando eles ainda são pequenos, para que quando atinjam uma idade maior, falar sobre os riscos se torne algo de fácil aceitação", explicou Steffanello.
Segundo Cristiane, outro cuidado importante em relação aos filhos é a abordagem de um tema tão assustador e polêmico. "É preciso ter atenção. Nossos filhos precisam entender o que está acontecendo, mas para isso é necessário avaliar até onde eles sabem e buscar compreender o que eles precisam ou gostariam de saber, respeitando seu nível de compreensão e idade. Não devemos enfatizar detalhes, mas focar naquilo que eles perguntam, sem menosprezar seus medos", destacou. Após as falas dos profissionais, os pais fizeram algumas perguntas e o encontro foi encerrado com a compreensão real dos fatos e a certeza de que a comunidade escolar pode contar com o apoio da Direção da Escola e também da Segurança Pública do município.
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Texto: Mariéle Gross/ Assessora de Comunicação
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